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quarta-feira, 9 de março de 2011

Casa que inspirou Fitzgerald pode ser demolida

Uma das casas que inspiraram F. Scott Fitzgerald a escrever O Grande Gatsby pode ser demolida.



A mansão, contruída em 1902 e chamada Lands End, fica em Long Island, tem mais de 50 mil metros quadrados e conta com 25 quartos. Mas tem um problema, o proprietário não encontra um comprador.

A manutenção diária da casa é avaliada em 4.500 dólares. O dono, Bert Brodsky, tinha a intenção de morar lá com seus quatro filhos adultos, mas eles vetaram a ideia. Agora, ela está à venda por 28 milhões de dólares e a reforma necessária para adequá-la aos confortos da vida moderna poderiam custar até mais dois milhões.

Por isso, ela agora pode ser demolida, colocando abaixo toda a história que representa. Além da inspiração para um grande romance da língua inglesa, ela foi palco de festas prestigiadas por Dorothy Parker, o duque de Windsor, Grouxo Marx e os próprios Fitzgerald.

Uma pena...


Fontes: Folha Ilustrada e The New York Times.

terça-feira, 1 de março de 2011

Meu personagem favorito de livro

Aproveitando a ideia bacana lançada no blog Livros e Afins, resolvi participar da blogagem coletiva: Meu personagem preferido de livro.


Fiquei alguns dias sem computador, então, estou meio atrasada, mas acho que o post vale mesmo assim, rs.


A pergunta é muito difícil, pois quem gosta de ler com certeza já se encantou com muitos personagens. Na verdade, eu acho que o trunfo de um livro está em seus personagens serem cativantes. Ninguém aguenta ler uma história em que nenhum dos personagens nos envolve, seja por odiarmos ou amarmos o que ele faz.

No entanto, se for para ser sincera mesmo, tenho que admitir que, até hoje, o personagem que mais me marcou foi um que eu conheci aos treze anos. E nenhum ainda tirou o posto dele.


Imaginem. Um homem fino e elegante... riquíssimo e misterioso. Ninguém sabia da existência dele, mas ele entra na alta sociedade francesa com fogos de artifício e um título de nobre. Tem um passado escuro, foi preso depois de ser traído por pessoas próximas e enriqueceu ao achar um tesouro. Aprendeu latim, história, geografia... dentro da sua cela. E jurou vingança. Ele voltou, rico e poderoso, para destruir um por um aqueles que o colocaram na cadeia.


Edmund Dantès, o Conde de Monte Cristo.

A história me envolveu tanto quando a li que eu cheguei a chorar em alguns trechos do livro. E aquele personagem ficou marcado. Mesmo sendo um homem com um propósito cruel, mesmo se associando a bandidos, mesmo seu criador não sendo considerado um nome da alta literatura.

Sim, porque Alexandre Dumas, também autor de Os Três Mosqueteiros e O Máscara de Ferro, nunca foi realmente aceito entre os gigantes da literatura francesa. Mas todos conhecem as suas histórias, não é mesmo?


Por isso, voto em Edmund Dantès. Meu personagem favorito. Misterioso, elegante, astuto... com sua capa negra e sua cartola.

Mas, só para não a única a escolher um personagem só, deixo uma menção honrosa aos cronópios de Júlio Cortázar e acrescento uma descrição desses seres apaixonantemente tolos e sonhadores:

“Quando os cronópios cantam suas canções preferidas, ficam de tal maneira entusiasmados que frequentemente se deixam atropelar por caminhões e ciclistas, caem da janela e perdem o que tinham nos bolsos e até a conta dos dias.”

Histórias de cronópios e de famas, Júlio Cortazar, tradução de Gloria Rodríguez, Editora Civilização Brasileira.

PS: Não assistam a nenhuma versão cinematográfica de O Conde de Monte Cristo. Não encontrei nenhuma boa até hoje. Algumas são até mesmo MUITO ruins.

* Ilustração tirada da capa da edição de Le Comte de Monte-Cristo da editora Pocket (www.pocket.fr).